sexta-feira, 14 de maio de 2010

Histórias de Amor III


Quando li essa história na revista Veja, não tive dúvidas de que deveria postá-la nesse espaço que resolvi chamar: HISTÓRIAS DE AMOR. Resolvi destacar histórias que se ouve no cotidiano e que nem sempre damos a devida atenção que realmente merecem, que fazem a diferença tanto para a vida de pessoas que são beneficiadas quanto das que são agentes da transformação do processo que estão fazendo parte, não importa se em menor ou maior escala, mas elas têm a força de transformar, de multiplicar o amor ao próximo.

Nessa reportagem a qual me referi, o assunto é sobre a dificuldade existente em Moçambique para começar a controlar o alto índice de contaminação pelo HIV, o país padece da falta de profissionais qualificados. O número de médicos em Moçambique não ultrapassa os 500. A primeira e maior organização humanitária a desenvolver projetos de combate ao HIV em Moçambique foi a Médicos Sem Fronteiras (MSF), em 2001. Atualmente, a equipe da MSF em Moçambique é composta de 31 profissionais – sete dos quais brasileiros. Atualmente a expectativa de vida no país é de 47 anos para os homens e de 49 para mulheres. Um em cada sete adultos está contaminado, o que equivale a 15% dessa população.

Diante desse quadro de desolação e desesperança, surge através de gente com sonhos e vontade de mudança uma luz no fim do túnel. Um dos projetos mais bem-sucedidos é o da médica paulista Raquel Yokoda, de 29 anos. O programa desenvolvido pela jovem vem ajudando a mudar um dos cenários mais cruéis da aids em Moçambique – o das crianças portadoras do HIV. Atualmente, 147 000 meninos e meninas de até 14 anos estão contaminados. As crianças entre zero e 4 anos mortas pela aids chegam a inacreditáveis 19% de todos os óbitos registrados pela doença. Com uma ideia extremamente simples, em seis meses Raquel conseguiu reduzir a taxa de mortalidade infantil em 80% no Hospital Dia de Moatize, nos arredores da cidade de Tete, no centro do país. Ela transformou a sala de espera num lugar acolhedor para as crianças – uma espécie de brinquedoteca, decorada com motivos infantis. Com isso, ir ao médico passou a ser uma diversão para meninos e meninas que vivem em estado de miséria. Ajudada por moradores locais, Raquel adaptou histórias e jogos infantis à cultura moçambicana para explicar às crianças que elas são portadoras de uma doença que requer cuidados para toda a vida. Como o idioma oficial, o português, é falado por apenas 40% da população, as cartilhas de Raquel tiveram de ser traduzidas para o dialeto nhungue, característico da região.

É dessa forma, com pequenas vitórias, que se trava o combate contra a aids em Moçambique. Desde a chegada da MSF, o número diário de novas contaminações caiu de 500 para 440. Pode parecer pouco, mas é uma grande conquista em se tratando de um país da África Subsaariana. E os brasileiros, como Raquel, Wânia, Eliana e Janaína, fazem a diferença em um universo tão esquálido.

Parabéns a esse grupo de heróis anônimos que estão fazendo a diferença na vida de pessoas em todo o mundo! Parabéns pela garra e pela coragem de abraçar uma causa tão nobre! Felizmente por pessoas como essas, de exemplos tão belos e ricos, que ainda podemos acreditar na humanidade!


Agradeço o carinho de todos!!! Obrigada e meus beijos carinhosos a vocês!!!






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